domingo, 29 de junho de 2014

querida Eliza,

Pensei em mandar essa carta pra muita gente, mas eu acho que é você que precisa saber de umas coisas. Há muito tempo quero te falar, mas tenho vergonha, medo, receio de você não aceitar numa boa. Mas como gosto muito de você, vamos lá. 

Bem, Eliza, acho você uma pessoa muito bacana, mas às vezes você dá uns vacilos! E por besteira. Já é bem grandinha pra cometer os mesmos erros. E já tem consciência suficiente pra saber que tá vacilando antes mesmo de patinar na merda. Ta bom, sei que você não é perfeita. Preciso ter um pouco de paciência, afinal, é difícil mudar seus padrões que tão aí há 30 e poucos anos. Mas não me venha querer colocar a culpa no pai, na mãe, na infância, tudo bem que eles contribuíram muito pra você ter suas esparrelas, mas você é o que é e ponto. 

Você não escolhe ser melhor ou pior, você simplesmente é. E todo mundo tem seu lado bom e ruim, né? Senão tudo seria monótono e sem graça. E graça você tem demais. Admiro. Apesar de ser difícil de você enxergar isso em você. Na verdade, nunca vi ninguém pra ser mais incapaz de ver seu próprio valor do que você. Aff! Para com essa mania de se achar a pior pessoa do universo, menina. Você tá longe disso! Quer que eu te mostre? Olha ao teu redor e vê o tanto de gente que te ama! Tu acha que eles gostam de ti porque? Porque tu é chata papoxa? Para, né? Você é incrível, mulher. Além de gata. Com todo respeito, ô mulher bonita. E esse narizinho?! Tem umas gordurinhas a mais, você sabe, mas isso é o de menos. Deixa de nóia. Enfim, acho q você tá no caminho certo. Precisa de muitos ajustes, claro. Sou tua amiga, te amo e preciso te falar. Ainda tem um longo caminho pela frente. Mas você já deu muitos e grandes passos. É só continuar essa jornada que vai dar tudo certo.

E quando receber, me avisa.
Eliza.















Eliza Brandão é publicitária, fã de reggae, loira e cheia de amigos.

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