quinta-feira, 19 de novembro de 2015

querida quinta-feira,

Espero que você continue me dando sorte. Na última quarta, quando Carol me contou que tinha sido aprovada na prova de línguas do seletivo do doutorado, pensei logo como era louco ela ter recebido essa notícia no dia em que ela tinha que escrever a cartinha pro blog.

E, então, meu pensamento veio logo para você. Quinta-feira é meu dia de escrever aqui no blog. Também é o dia em que eu faço meu programa de sucesso no Snapchat (cof cof). Foi numa quinta que eu fiz a prova teórica do doutorado. E, quando fui aprovada, foi para uma quinta que marcaram a minha entrevista.

Escrevi essa carta antes da sabatina, mas não consegui enviar a tempo. Mas, agora, quando receber, espero que dê tempo de me avisar antes do resultado final e de continuar na linha editorial do sucesso.


Abraços,
Seane.


terça-feira, 17 de novembro de 2015

queridas companheiras de blog,

Long time no see!

Antes de mais, desculpa por todos os furos. Jogo toda a culpa - porque ela é minha e eu jogo em quem eu quiser - naquela coisa chamada mestrado e na minha memória de Dory.

Mas agora que o mestrado anda pelos finalmentes e a minha memória vai ter de pegar no tranco (a mais vai sim, querida!), digo-vos: eu voltei para ficar!

Quando receberem, me avisem. E deem cá um abracinho porque eu senti saudades!

Mari.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

querido Coltrane,

Hoje você me ajudou pra caramba. Obrigado por ser a parte física que estabeleceu meu equilíbrio espiritual. Foi difícil lutar contra a ansiedade que hoje quase arrombou a porta de tanto que bateu para entrar. Você veio conduzindo um amor supremo ao meu ouvido. Fomos juntos para perto de Deus. Reestabeleci a linha. Consegui trabalhar, conversar, concentrar.

Obrigada pelo afago no ônibus, por me acompanhar pela longa ladeira até minha casa. Obrigada por me acalmar. Obrigada por me manter em oração.

Abraços,
Carol



sábado, 7 de novembro de 2015

queridas unhas,

Quem diria que, depois de 27 anos, eu mudaria minha relação com vocês? Passei a semana inteira me arranhando sozinha, com o esmalte descascando, doida para ter cinco minutinhos para deixar vocês mais confortáveis para mim. Até maio desse ano, isso nem passaria pela minha cabeça. Bastaria modelar com os dentes mesmo. 

É nojeto? Sim. Também acho nojento fumar. Era um vício ou mania que parecia que eu nunca ia dar conta de superar, mas chega um tempo para tudo na vida.

Não passei base amarga, ninguém me fiscalizou para me alertar do dedo na boca, nada disso. Acontece que um belo dia eu resolvi mudar. Um dia sem roer. Dois dias sem colocar a mão na boca. Uma semana e elas já estavam grandinhas. Dei um grau nas cutículas. Mais um dia sem roer, mais dois, mais três. Passei um esmalte amarelo da Turma da Mônica bem horroroso, mas já foi uma grande vitória. 

Há seis meses deixei de roer unhas. São seis meses tentando fazer as unhas todos os sábados. Sozinha ou com ajuda da minha manicure Magda Abu Nazir. Já consigo ter uma ideia do tempo de crescimento, do tamanho perigoso para uma pessoa desastrada como eu. Sigo gostando das unhas curtinhas, mas agora elas têm cor, simetria e às vezes gliter porque eu sou assumidamente cafona e essa é minha licença poética.

Quando receber, avisem.

Beijos,
Carol

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

querido Coração,

Precisamos fechar para reforma. Eu sei que você pode ficar confuso com essa decisão, pois acho que nunca estivemos tão leves quanto nesse ano, mas temos algumas bagunças para resolver.

Sei que você deve estar se perguntando se isso é realmente necessário e sinto informar que é sim. Você é um ótimo funcionário e estou ciente do quanto você gosta de bater pelos outros, acelerar com o inesperado e de se dedicar a encontrar um motivo para amar cada pessoa que passa por nossos dias. Mas acho que você tem trabalhado até demais.

Vamos fechar agora antes que algum desastre aconteça por negligência ou descuido. Vamos de sabático para chegar em 2016 pulsando alegremente!

Quando receber, me avisa e tenta não ficar tristonho porque isso me dói no peito.

Com amor,
Seane.

sauce

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

querido escorpião que mora do meu bolso,


Está na hora de você se libertar, querido!

Em tempos passados, de salário congelado e poucas perspectivas, você foi mais que bem-vindo. Inclusive nessa época eu fugia do cartão crédito como se eu fosse pegar uma doença se usasse. Foi puxado? Foi.

Agora, as coisas não estão mais ruins assim. Diria até que estão bem boas. Então, por que se privar de certas coisas né? E nem falo do supérfluo (só), tem muita qualidade de vida que exige uns gastos. Exemplo: como corredora amadora orgulhosa desde 2012, sempre bradei por aí que não ia entrar pra uma assessoria esportiva porque era o cúmulo pagar pra correr (claramente falava isso enquanto você me mordia lá de dentro do bolso). No último mês, dei o braço a torcer e me matriculei em uma e olha só: tá SENSACIONAL! O treino do pessoal lá faz realmente uma baita diferença. E eu sem aproveitar nada disso até hoje por culpa sua.

Vai tirar uma folga, umas férias, quem sabe até uma temporada na bolsa de alguém, pra ver se eu dou uma incrementada na vida aqui. Não precisa ir muito longe nem sumir de vez, tá? Com o dólar a mais de R$ 4, daqui pra daqui a pouco te chamo de volta, rs.


Quando receber, me avisa.

Beijos,

Bel