Nem sabes o quanto queria e o tanto que insisti pra te conhecer!
Desde que Samira me
falou tanto e tão bem do seu livro “As boas mulheres da China”, enfiei na
cabeça que iria ler esse livro. Mas não ia comprá-lo, nem baixar o pdf por aí.
Samira prometeu que me daria o livro, então esperei.
Vi mil vezes o preço dele nas estantes virtuais e fechei a
janela. Vi na livraria do shopping e não comprei. E cobrei Samira, porque sou
dessas que não deixa passar uma promessa e secretamente sabia que teria uma
simbologia muito maior se ela me desse, pela nossa história e pelas suas.
Atentei até não poder mais, depois de todo um ciclo de datas
comemorativas e eis que, um ano depois (um dia desses), ganhei o livro e comecei
a ler “As boas mulheres”. Como aquele doce que a gente sabe que é muito gostoso
e vai comendo pelas beiradas que é pra não acabar tão rápido, resolvi ler aos
poucos, um capítulo por vez, depois do almoço quando fico praticamente sozinha estirada
no sofá da agência. Silêncio, paz e ar-condicionado.
Superou expectativas.
Fui parar onde nunca estive, fazendo aquele esforço de não cair
no etnocentrismo e não visualizar pessoas e lugares com as minhas referências
pessoais. Afinal, em histórias como essas, em que você conta o sofrimento, a
abnegação e o silêncio das mulheres chinesas, o cenário pode ser qualquer
lugar. Os sentimentos são universais e isso basta. Valeu a pena esperar. Você acaba
de entrar pras listas dos meus livros preferidos e de jornalistas que mais
admiro.
Separa mais livros incríveis como esse pra eu comprar/pedir
todos e, quando receber, me avisa.
Beijos,
Bel
Fiquei curiosíssima! Ela entrou para aquele lugar especial no qual se encontra menino Kapuściński ?
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