quarta-feira, 16 de julho de 2014

querida Mari,

Sei que hoje é teu aniversário, mas queria pedir uma licencinha para falar de mim. Sabe, essa é a terceira vez que visito São Luís e tu não estás aqui. E tu nem pode imaginar o quanto isso deixa a cidade vazia e os meus dias desocupados sem planos e caronas para dar. 

Ir te buscar na tua casa era uma das principais tarefas que eu realizava antes de me mudar e, toda vez que volto, queria sentir de novo a sensação de estar em casa fazendo as coisas que eu fazia em casa. Mas tu não estás mais aqui. 

Pode parecer, mas essa carta não é de reclamação. É que às vezes acho que digo muito pouco o quanto tu e as demais biscas são importantes para mim. Quando eu estou em São Paulo sinto como se tudo estivesse bem e que minhas amigas queridas só estivessem um pouco distantes (espacialmente falando mesmo). Mas quando eu chego aqui eu percebo que a falta que vocês fazem é muito maior do que eu consigo mensurar. 

Tua companhia sempre me deixou feliz, porque me dava a certeza de que eu tinha amigos, que eu não era só, que eu fazia parte de algo maior: uma galera, nosso grupinho. Ainda somos esse grupinho. Mas, hoje, que é teu aniversário, eu queria ser bem sacana e desejar que te teletransportassem de Praga e te mandassem direto pro restaurante onde eu, Carol e Babel nos encontraremos.

Quando receber, me avisa e vê se coloca uma roupa fresquinha pro caso desse teletransporte rolar porque aqui está quente como sempre.

Te amo,
Seane.


Um comentário:

  1. Awn! Vim reler a carta e já chorei de novo :~ Saudade imensa de todas vocês. Queria eu, teletransportar você pra juntinho de mim!

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