Sei que há um tempo você não tem dado certo, mas não custa nada
ser extinta com dignidade.
Por meio desta carta, queria apenas te lembrar que o próximo
não é o que vem depois da gente. A expressão não pressupõe hierarquia, como você
deve estar achando. O próximo é o que está perto da gente. E se está perto, tem
um motivo. As pessoas não orbitam ao nosso redor, elas fazem parte do mesmo
universo. Coexistem. Existem em cooperação.
Ontem vi uma cena pela qual perdi um pouco
da fé em você. Uma mulher, aos berros, humilhou um garçom que tentava dar conta
do caos do restaurante, com pouco sucesso, mas com esforço. Antes que qualquer
um naquele ambiente pudesse levantar do mar de vergonha alheia pós-cena, ela
fugiu.
Sabe de uma coisa? Às vezes me pego torcendo pelos cometas.
Me perdoe a descrença em você. E, quando receber, me avisa.
Cordialmente,
Carolina.
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