sábado, 7 de novembro de 2015

queridas unhas,

Quem diria que, depois de 27 anos, eu mudaria minha relação com vocês? Passei a semana inteira me arranhando sozinha, com o esmalte descascando, doida para ter cinco minutinhos para deixar vocês mais confortáveis para mim. Até maio desse ano, isso nem passaria pela minha cabeça. Bastaria modelar com os dentes mesmo. 

É nojeto? Sim. Também acho nojento fumar. Era um vício ou mania que parecia que eu nunca ia dar conta de superar, mas chega um tempo para tudo na vida.

Não passei base amarga, ninguém me fiscalizou para me alertar do dedo na boca, nada disso. Acontece que um belo dia eu resolvi mudar. Um dia sem roer. Dois dias sem colocar a mão na boca. Uma semana e elas já estavam grandinhas. Dei um grau nas cutículas. Mais um dia sem roer, mais dois, mais três. Passei um esmalte amarelo da Turma da Mônica bem horroroso, mas já foi uma grande vitória. 

Há seis meses deixei de roer unhas. São seis meses tentando fazer as unhas todos os sábados. Sozinha ou com ajuda da minha manicure Magda Abu Nazir. Já consigo ter uma ideia do tempo de crescimento, do tamanho perigoso para uma pessoa desastrada como eu. Sigo gostando das unhas curtinhas, mas agora elas têm cor, simetria e às vezes gliter porque eu sou assumidamente cafona e essa é minha licença poética.

Quando receber, avisem.

Beijos,
Carol

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