Ainda estou encantada.
Os 12 dias que passamos juntos nessas férias foram os
melhores dos 26 que elas duraram. Nesse tempo, você nos acompanhou por
mais da metade das cidades que visitamos, seja no Chile ou na Argentina. Juro
que, mesmo tendo passado meses pesquisando sobre o que fazer por aí, não
imaginava que seria tudo tão tão lindo.
A começar por Santiago: bonita, organizada, eficiente e tão charmosa quanto qualquer cidade cercada por você e por vinícolas poderia
ser. Cajon del Maipo é qualquer coisa de espetacular, daqueles lugares pra
parar e contemplar a imensidão azul/verde e as montanhas, ouvindo o barulhinho
da água levada pelo vento até as margens do lago (contemplação meio doída
porque o frio estava de lascar, convenhamos – OK, sei que fui de short).
Daí pro sul, tudo fica ainda mais incrível. Pucón vai morar
no meu coração e no do namorado, tenho certeza. O frio, as pessoas, as casinhas
de madeira, a comida deliciosa e você, como sempre, fizeram a moldura ideal. Os
vulcões são um caso à parte e mostram que nem todo dia você está assim tão
quieto. Subir o Villarrica foi uma das coisas mais insanas que me meti a fazer
e, mesmo não podendo chegar até o cume, já valeu pra que eu pudesse te conhecer
melhor e ter mais consciência dos meus limites.
Aliás, acho que esse é teu grande lance: você nos faz sentir
impotente e sujeito ao que vier daí, seja neve, água, lava ou pedra. Um bom
lembrete de que a gente não é nada em comparação à imensidão da natureza, por
mais que a gente se esforce para subjugá-la. O povo chileno com certeza é um
dos mais cientes disso, pelo tanto que passam por terremotos, vulcanismo e
outras situações tensas.
Villarrica, Puerto Varas, Puerto Montt, Frutillar...outros
cantos incríveis, cada um com um charme e características próprias, quase
completamente diferentes, mas, em comum, você olhando todo mundo de cima sem
deixar que a gente canse de te olhar, em todos os lados. E pra selar o nosso
encontro, Mendoza e o Parque Aconcágua. Teste de resistência caminhar por ali
com tanto vento, poeira e frio, mas valendo cada minuto por ver as coisas
incríveis cravadas e esculpidas nas montanhas, por séculos a fio, pela chuva e
pelo vento.
Depois disso, o restante da Argentina ficou até meio sem
graça, rs, porque não tinham mais montanhas e lagos azulindos pra olhar. Mas
sei que ainda tem mais. Não fomos ao Norte, pro Atacama, e acho que essa é uma
boa desculpa pra voltar, não é? ;)
Se puder, deixe tudo ainda mais lindo pra quando voltarmos
e, quando receber, me avisa.
Beijo,
Bel
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